Modelo bem-humorado para classificação de Projetos problemáticos

Modelo bem-humorado para classificação de Projetos problemáticos

Em 1984, Steven Spilberg produziu um filme chamado “Gremlins”. Nesse filme o ator principal ganhava um “Mogwai” no Natal, um bichinho de estimação. Ele era dócil e engraçado, desde que se cumprissem 3 regras (Fonte Wikipedia):

  • Nunca colocá-lo diante de luz forte ou solar, pois poderia matá-lo
  • Nunca molhá-lo
  • Nunca alimentá-lo após a meia-noite

Se eles fossem alimentados após a meia noite, começava a confusão!! Se transformavam em monstrinhos maléficos que causavam incêndios, explosões e quebravam tudo. Não era lá um filme muito instrutivo, mas era divertido (rs).

Mas o que os Gremlins tem a ver com Gestão de Projetos? Ora, muitos projetos são “vendidos” ao GP como boas oportunidades, quando na verdade já nascem criando problemas, são verdadeiros gremlins vestidos de mogwais e a bomba sempre explode na mão do GP.

Projetos Problemáticos

Eles têm uma característica em comum, raramente se consegue identificá-los antes de estar alocado como GP do projeto. São como os Gremlins, se transformam depois que você já “comprou”. Vamos aos nome e causos:

  1. Coelho da Alice (já começa atrasado)
    Pode ser por mera arbitrariedade, por falta de prioridade, recursos ou até por indefinições na fase de concepção, alguns projetos chegam na mão do GP atrasados ou com um prazo inviável.
  2. Kamikase (prazo impossível e inegociável)
    Ele não necessariamente começa atrasado, mas vem com um prazo que é impossível de cumprir e com uma nota dizendo que é inegociável. Não aceita alterações de escopo, prazo, qualidade ou custo.
  3. Cavalo doido (Projeto sem tempo de ser planejado)
    Pior que o projeto Kamikase, esse projeto é tão urgente que o GP nem consegue terminar o planejamento. Se está atrasado no prazo, ninguém consegue dizer. Este tipo lembra muito o método XGH (Extreme Go Horse).
  4. Big Bang (Escopo não pára de crescer)
    São aqueles que não fecham o escopo nunca. Seja por aumento dos requisitos, por mudanças nas regras de negócio, indecisões, dificuldades na solução técnica ou ainda, aqueles que o cliente nunca aceita o encerramento.
  5. Maçã mordida (vem pela metade)
    São projetos que o cliente inicia sozinho, que são transferidos de outro GP, continuidade de outros projetos ou correção de algum projeto que fracassou.
  6. Lego (fazem parte de um projeto maior)
    Projetos cujo escopo isoladamente não serve para absolutamente nada. O GP é alocado para gerenciar “o parafuso da porta”, invés da porta inteira, quando o projeto termina dá a sensação de que nada foi feito.
  7. A Deus dará (sem referencial de liderança)
    O projeto sem referência de liderança. Era liderado por A, mudou para B, depois para C, mas o C não assume a liderança, porque o projeto é problemático. Nem cliente nem equipe sabem a quem recorrer. O projeto é escalado, o executivo aloca o C como líder, mas este trabalha de forma descomprometida, como um trabalho temporário, de substituição.
  8. Casa da mãe Joana (recursos entram e saem)
    Os recursos do projeto entram e saem toda hora, sendo alocados em projetos mais prioritários e projeto sofre as consequências sem poder de reação.
  9. Fantasmagórico (com recursos fantasmas)
    Embora as áreas funcionais tenham se comprometido em prover os recursos técnicos para trabalhar no projeto, na hora “do vamos ver” não tem nenhum recurso disponível.
  10. Escriba (o cliente quer gerenciar)
    O cliente optou por gerenciar todo o trabalho e espera que o GP apenas faça atas, marque reuniões e relatórios de status, mas se algum dia ocorre algum problema, escala o GP.
  11. Bolsa de valores (todo mundo põe a mão no orçamento)
    É aquele projeto com orçamento alto, cujo caixa é usado para pagar outras contas da empresa e no dia que o projeto precisa, não há dinheiro disponível
  12. Limbo (que fica suspenso por um longo período)
    É o projeto que inicia como uma estrela, mas que por ‘razões estratégicas” é pausado. Ficam todos os recursos humanos aguardando a autorização de recomeço (já vi projetos ficarem nesse estado por até 2 anos). Os recursos jogam paciência, conversam, tomam café e cumprem o horário da empresa, apenas isto.
  13. Deja vu (Você já viu esse filme)
    Alguém já tentou fazer esse projeto no passado e por alguma razão não deu certo. Agora ele uma nova tentativa ser’a feita, por você.

Para cada tipo de projeto existem táticas para salvar a sua pele, mas isso vou tratar em posts futuros. Por hora ficam os nomes como “padrões” para as discussões. Aceito sugestões!

Colaborações: Giovani Faria do blog GerenciamentoEstratégico

Eli Rodrigues

 

 

Publicado por: Eli Rodrigues

There are 5 comments for this article
  1. Pingback: Classificação de Projetos « Gerenciamento Estratégico de Projetos
  2. analistacavanha at 17:00

    Legal o tipo “4-Big Bang”, esse é clássico, quem nunca passou por isto? rsrs

  3. Mari at 22:26

    Faltou o projeto “Dejavu”, aquele que ja tentaram executar algumas vezes antes …

  4. Nani de Castro at 14:41

    AHAHAHHAHAHA Adorei! Vc é ótimo! 🙂 Seu blog-site é muito legal, add vc ao Linkedin.