Por que as ferramentas de Gestão de Projetos são tão ruins?

Por que as ferramentas de Gestão de Projetos são tão ruins?

Todos conhecem o romance Frankenstein, o monstro construído a partir de pedaços de corpos pelo Dr. Victor. O que nem todos sabem são suas similaridades com as Ferramentas de Gestão de Projetos.

Tenho constantemente me perguntado por que usamos tantas ferramentas diferentes para gerenciar um mesmo projeto. Quem teria esse apreço tão grande por copiar e colar informações, escrever a mesma coisa várias vezes e totalizar dados manualmente? Onde foram parar os sistemas de informação? Daqui a pouco vão pedir doutorado em Excel nas vagas de emprego.

A relação entre ferramentas e processos deveria ser simples. Ora, se existem vários fluxos de trabalho, os softwares que se virem para mapear, integrar e apresentar, não eu! Aí surgem ferramentas cuja integração mais parece os parafusos da cabeça do Frankenstein (veja a figura).

Informações íntegras e imediatas podem valer a saúde do projeto e erros podem custar o emprego de muita gente. Quantos remendos ainda vamos querer ver no andamento dos projetos? A decisão, infelizmente, vai ficar para o Dr. Victor.

 

Eli Rodrigues

Publicado por: Eli Rodrigues

There are 3 comments for this article
  1. Renato Torres at 09:32

    Concordo plenamente com o post.

    É impressionante o número de softwares que temos que usar para montar e monitorar um projeto.

    Sofremos com isso constantemente. Uma triste realidade =/

  2. hikariluan at 23:14

    Me desculpem se pareço um pouco grosso no que vou dizer a seguir. O comentário provavelmente veio de uma pessoa leiga em desenvolvimento de software, eu estou cursando Sistemas de Informações, que tem como perfil de curso viabilizar o conhecimento em desenvolvimento de software e gestão dentro das organizações. A complexidade que se dá durante o desenvolvimento das ferramentas que são utilizadas dentro das organizações podem ser muito maiores daquelas que os usuários finais percebem, vocês já se perguntaram se empresas querem arcar com um custo altíssimo de um software para obter maiores qualidade e números de funções exercidas pelas ferramentas ou se ao menos valorizam a área de TI como atividade fim para desenvolver ferramentas que atendam as suas necessidades? Dentro deste quadro ainda temos o presente preconceito contra a área por ser vista como atividade meio e portanto servir apenas para suporte ou ações básicas. Enquanto não mudarmos essa cultura provavelmente não vão surgir ferramentas que desempenhem os papéis necessários para seus usuários, simplesmente por não existir atividade de desenvolvimento de software concreto dentro das organizações que necessitam delas e jogar tal atividade na mão de terceiros que são incapazes de entender os requisitos do cliente ou comprar software pronto e esperar que quem o fabricou adivinhe as necessidades que vão além do que está especificado em sua documentação é querer um pouco demais. Desenvolvedores de software também são humanos e por sua vez lidam na gerência de seus projetos( se existir alguma, depende do modelo de desenvolvimento ) com muitos remendos exatamente como você.

    • Eli Rodrigues at 14:51

      Oi Hikariluan,

      Agradeço sua opinião, também tenho formação em Análise de Sistemas e concordo que para desenvolver softwares adequados existem custos que nem sempre as empresas querem arcar.

      No entanto, em certa oportunidade fiz uma monografia sobre Usabilidade e conheci as “10 heurísticas de Nielsen”, cujo link disponibilizo abaixo. Elas descrevem principios fundamentais para tornar aplicativos mais amigáveis. Em breve apresentarei a sugestão de um modelo para facilitar a usabilidade de ferramentas de gestão de projetos.

      Obrigado pelo contato (embora não precisasse dizer que sou remendado hahaha).

      Eli

      Link para o Nielsen: http://www.useit.com/papers/heuristic/heuristic_list.html