Projetos de Software x Projetos de Infraestrutura
Um breve histórico
A área de Tecnologia da Informação sempre está em mudança. Nos primórdios, a vanguarda era composta por imensos computadores com baixíssimo poder de processamento e memória comparados à atualidade. Nos anos 80, a turma do software fez a festa vendendo sistemas baseados em Clipper e as BBS eram as redes sociais. Nos anos 90, uma corrida em busca de mais memória e velocidade. Depois disso veio internet, lan-houses, notebooks mais baratos, wireless acessível, netbooks, redes sociais, iphone e agora os tablets.
Embora existam infinitos serviços e áreas de especialização dentro da Tecnologia da Informação, uma coisa continua sendo verdade, sempre podemos dividi-la entre Hardware e Software.
Diferenças entre Projetos de Hardware e Software
Embora as técnicas de gerenciamento de projetos se apliquem a qualquer tipo de projeto, da engenharia civil à informática, existem algumas peculiaridades entre projetos de Hardware e Software que valem a pena observar antes de iniciar os trabalhos.
Importante salientar que quando me refiro a Hardware, quero dizer projetos de transformação de infraestrutura e quando me refiro a Software, quero dizer projetos de desenvolvimento de software. Saliento, pois poderiam ser projetos de desenvolvimento ou de transição de Hardware ou poderiam ser projetos de adaptação ou de implantação de Software.
A chave para todas as diferenças é a natureza dos projetos. Hardware é algo físico, palpável, mensurável e o Software é algo subjetivo, invisível, imensurável. Baseado nisto, montei um quadro comparativo com alguns aspectos que observei na prática de cada tipo de projeto.
| Projetos de Hardware – Escopo fechado, calculável, monitorável – Controle de prazo é rígido, pois trabalha com janelas de manutenção – Custo baseado em horas e compras, geralmente possui base histórica que facilita a mensuração. Geralmente serviços tem maior granularidade – Fácil de verificar e validar – Implantacao critica, implantação geralmente não pode ter erro. – Controle de riscos é crítico, voltado ao ambiente e contexto. Deve ser bem claro na definição de estratégias de mitigação e contingência. – Tende a ter poucas Requisições de Mudança |
Projetos de Software– Escopo subjetivo e variável – Prazos elásticos (costumam levar mais tempo que o combinado) – Custo baseado em horas e compras, difícil de mensurar – Difícil de verificar e validar, depende de análise subjetiva de testers e aceitação do cliente – Implantação costuma respaldar-se com redundâncias (não-crítica) – Controle de riscos costuma ser repetivivo, voltado a desenvolvimento – Tende a ter muitas Requisições de Mudança, as vezes o projeto entra para manutenção sem ter o aceite final |
Observações finais
Com base nas observações de cada tipo de projeto fica mais fácil montar uma tática de gestão. Sabe-se, por exemplo, que em projetos de Software, um dos maiores problemas estão em Gestão de Escopo e Qualidade. Já em projetos de Hardware, os problemas aparecem mais frequentemente na Gestão de Tempo e Gestão de Riscos.
Antes de iniciar qualquer projeto é importante fazer uma ambientação adequada, conhecer o negócio, as ferramentas e características das empresas envolvidas. Em seguida, na definição do Plano de Gestão do Projeto, informar como serão tratados os principais pontos de gestão e relacionamento. E se forem múltiplos projetos simultaneamente na conta, não esqueça de definir um bom framework de gestão.
Eli Rodrigues
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Muito boa sua colocação… Você poderia me indicar uma metodologia eficiente para implantação de projetos de infraestrutura de TI (fases), literatura, sites, etc ?
Artur,
Tenho uma metodologia “matadora” para projetos de Infra. Mas a única documentação dela que possuo por enquanto, é uma palestra. Se te interessar, manda um e-mail, posso te enviar o material. Ou se sua empresa precisar, entre em contato para um trabalho de consultoria.
contato@elirodrigues.com